quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pensamento

Eu tinha a esperança de reviver meus melhores dias, meus melhores momentos, as maiores alegrias que já experimentei. Mas notei o quão nostálgico isso sempre é, e o efeito que provoca em mim.
O efeito é nocivo, e, mais atrapalha que ajuda, pois essas lembranças me impedem de viver o presente, e de fazer dele, lembranças tão boas ou melhores que as que me recordo.
Tento me desprender desse passado que mais parece meu presente, devido sua presença em minha mente em todos os momentos do meu dia.
Hoje a esperança esta cada vez menor e a incerteza toma conta do meu ser.
Espero que essa angústia termine, e, que eu volte a viver o hoje de cada dia.
Eu sei que isso acontecerá um dia, eu espero que aconteça!

2 comentários:

  1. Bravo, Rafael!

    Devemos dar vozes as nossas dores (também as tenho e acho que muitas outras pessoas as têm, abafadas infelizmente pela pretensão racional de abarcar tudo e todos em si mesma).

    A dor da vida (coisa perigosa) expressa a percepção de que algo está errado ou desenvolvendo-se de maneira injusta. E essa dor já é, ela mesma, vida, razão que busca o além da clausura sistêmica e não se deixa, como não é possível, reduzir-se à lógica do presente sistema. A dor, quando poetizada, é resistência, e se é resistência contra um sistema injusto ela possui muito mais valor do que a atual lógica perversa-pervertida.

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    1. Aládio você é um filósofo mesmo!
      Fez uma análise tão profunda que também me ajuda a perceber que não estou só nessa forma de vida em que estamos inseridos.

      Obrigado pelo comentário!

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